Sofia Boito (São Paulo, 1987) é artista, atriz, performer, dramaturga e pesquisadora; doutora, mestre e bacharel em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da ECA-USP, onde desenvolveu pesquisas com bolsa FAPESP. Em 2017 Sofia realizou um ano de estágio de doutorado na Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (bolsa FAPESP). Entre os anos de 2019 e 2021 foi professora de dramaturgia e teoria teatral no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP.
Sua pesquisa e criação está na fronteira entre artes visuais, teatro e literatura. Especialmente interessada em obras site-specific, em questões de gênero e urbanidade, a artista trabalha a partir de seu próprio corpo, não separando sua pesquisa acadêmica de sua prática artística – tentando estabelecer, assim, uma investigação teórico-prática encarnada
Sofia Escreveu, atuou e montou 04 peças junto à extinta Cia Temporária de Investigação cênica – grupo do qual também foi fundadora: "RADIX" (2014), produzido e apresentado na Itália, no espaço Imacelli com bolsa de intercâmbio e difusão cultural do MINC; "Espelho" (2012) contemplada pelo prêmio PROAC de Dramaturgia inédita (2011); "Passei hoje corrigindo ontem" contemplada pelo Prêmio PROCULTURA (2011), "Antídoto para impossibilidades e paralisias" (2015). Foi dramaturga-pedagoga do Projeto Espetáculo da Fábrica de Cultura da Brasilândia, onde desenvolveu duas peças junto aos adolescentes aprendizes: "Ponto de fuga"(2016) e "Díptico" (2015). Em 2022 Sofia estreou como libretista no oratório "Sá- um oratório para a Terra" da compositora Ligiana Costa, com direção cênica de Cibele Forjaz (Theatro São Pedro). Durante a pandemia foi dramaturga da vídeo-peça infanto-juvenil "Putakaryy Kakykary", adaptando o livro de mesmo nome do autor Kamuu Dan Wapichana (Proac LAB Lei Aldir Blanc); além de ter criado e estreado a peça sonora "Nós não estamos em nenhum outro lugar", em parceria com os artistas Miguel Caldas e Carolina Mendonça, com apoio institucional e financeiro da Oficina Oswald de Andrade. Em 2021 Sofia publicou seu livro de contos: "No fundo da última gaveta da cômoda" pela Editora Patuá e em 2022 seu conto inédito "Gota Tártara", foi publicado na antologia "Coronárias: mulheres contam a pandemia", também publicada pela Editora Patuá, e organizado por Fernanda Hamann.
No audiovisual estreou como roteirista em 2018 com seu curta-metragem "A viúva de perdizes", direção de Diogo de Nazaré, no qual também atuou. Desde 2020 vem pesquisando cinema e roteiro junto ao núcleo de pesquisa do AP43, tendo feito um workshop de roteiro com Aleksei Abib. Além de ter atuado em séries televisivas como: “Mila no multiveros”, “Natrureza morta”, “Rei da TV” e “Hora do perigo”.
Como atriz atuou e colaborou com diferentes companhias e artistas brasileiros – como Antonio Araújo - Teatro da Vertigem; Felipe Vidal (Complexo Duplo); Antônio Januzelli (Janô); Evaldo Mocarzel; e o coletivo V.AG.A* – assim como com companhias e artistas internacionais – TeaterKUNST (Dinamarca), Nathalie Béasse (França), Cyril Descles (França), Carolina Mendonça (Alemanha/Bélgica). Em 2019 estreou no SESC Belenzinho, em São Paulo, o solo “Jaz”, de Koffi Kwahulé, que traduziu e concebeu na residência artística Cité de Internacionale des Arts, em Paris (2018).
Como artista visual Sofia participou de duas exposições: a exposição coletiva “Retatos do afeto” na galeria Marta Traba, no memorial da América Latina com a série “74 breves análises sobre a longa duração do instante” e a exposição individual “ConTe-Me’no CCJ Ruth Cardoso (série vencedora do prêmio de copatrocínio a primeiras obras).
Atualmente Sofia compõe o corpo editorial da Revista Sala Preta do PPGAC-USP; é artista da rede de artistas feministas Room to bloom, da European Alternatives (iniciativa da União Europeia); é integrante da Coletiva Palabreria (junto às artistas Fernanda Machado e Luiza Romão) – com quem desenvolve pesquisa sobre feminismo e arte na América Latina e com quem criou o espetáculo Garotas Mortas (contemplado pelo 13 prêmio Zé Renato da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo)-; e também é libretista do Atelier de criação lírica do Theatro São Pedro (São Paulo-SP), onde estreará sua ópera “Gota tártara”, composta por Franciele Lima, em outubro de 2023.
Sofia Boito (São Paulo, Brazil, 1987) is an artist and researcher with a PHD , a master degree and a bachelor's degree in Performing Arts (University of São Paulo - USP, 2018). In 2017 Sofia developed one year of PHD research at Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (with a grant from São Paulo’s state foundation for research support). Between 2019 and 2021 she was a temporary professor at the Performing Arts Department from the Universidade de São Paulo - USP.
Interested in artistic creation in a hybrid field - particularly where the boundaries between theatre, performance, visual arts and literature blur – she seeks to create works where her own body becomes the source of inspiration and often the final medium for her creations. From the perspective of an incarnate subject - where personal flesh and experience are the creative motors - the artist frequently addresses, as a theme, her status as a woman, feminism and the contemporary urban condition.
Some of her works in theater and performance have been presented in several cities of Brazil, in Italy, France and Chile: Garotas Mortas (2022); JAZ (2019); Espelho (2016), Y-CONTROL (2016), Patronato 999m (2015), RADIX (2014), Bom Retiro 958m (2012), E Agora, Nora?! (2009). Mixing text and photography the artist created the following series: 74 breves analyses para a longa duração do instante (2014), Natureza Viva (2014), ConTeMe (2011), Habitat (2009). Sofia has been collaborating and working with several groups and artists, such as: V.AG.A*(Brazil), Teatro da Vertigem (Brazil), TeaterKUNST (Denmark), Ana Borralho & João Galante (Portugal), Nathalie Béasse (France); Cyril Desclés (France). In 2018 the artist was a laureate from Cité Internationale des Arts (Paris) with her project "I am not here to talk about me, but to talk about Jaz", in 2019 she presented JAZ, the show that resulted from this residency, in SESC Belenzinho, São Paulo - Brazil.
Since 2021 Sofia is a member of Room to Bloom - an artistic network for feminists emergents artists from European Alternatives and she is also a member of Palabreria - an artist collective from São Paulo.